Christofer has written 19 reviews for films during 2020.
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Alice Júnior 2019
"É o filme da Kéfera? Caralho, esse trailer parece que tem uma hora e meia." - Pilula
E fica pior. Como o último hit do audiovisual supostamente brasileiro (e os pobres antiparanaenses, perdidos numa terra bárbara, fazem questão de prestar tributo aos evoluídos recifenses), parece que o produto serve para anunciar suas redes sociais, e não o contrário. É deliberadamente e orgulhosamente "construído" por elas, e o resultado é tão amorfo quanto isso dá a entender. Escrito para engajar com…
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Intolerance: Love's Struggle Throughout the Ages 1916
Diantes das "mensagens e "lições" expostas, mesmo diante de suas próprias no final dos filmes, Griffith é, do ponto de vista estético, extremamente agudo e malicioso com as auréolas, os bandos de anjos e os coros de aleluia. Aqueles que desejam, em vez de análise esteticamente cuidadosa, regras de higiene social comunicativa transformada em imagens otimistas, tais meios alienantes iriam cair bem.
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Griffith tenta captar o estereótipo e ao mesmo tempo dissolvê-lo, na medida em que quebra as ações…
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Spontaneous Combustion 1990
For there was need once more of a Divine Revelation to the torpid frivolous children of men, if they were not to sink altogether into the ape condition. And in that whirlwind of the Universe, - lights obliterated, and the torn wrecks of Earth and Hell hurled aloft into the Empyrean; black whirlwind, which made even apes serious, and drove most of them mad, - there was, to men, a voice audible; voice from the heart of things once more,…
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Kickboxer 4: The Aggressor 1994
Kickboxer - final dos anos 80. Um belga perde o irmão e seu lado americano mas resgata sua alma quando encontra o amor, a amizade e a beleza nas profundezas da Tailândia. Depois que Tong Po e a honra do submundo tailandês vão pro saco, cineastas locais no saco dos pais sonham em aprofundar no que restou: nada. A moral da vingança.
Kickboxer 2 - início dos anos 90. Um havaiano criado no Japão vai ao coração dos EUA resgatar…
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Kickboxer 3: The Art of War 1992
Algum herói do cinema brasileiro ficou atiçado com um espetinho de gato depois de pisar em peita de flamenguista porque perseguia piá pilantra nas vielas da favela? Algum enfiou o cacete na bateria salgueirense, em banqueiro, em cafetão, em argentino e em traficante? Quantos filosofaram para traficantes mais amigáveis sobre a guerra enquanto negociavam um canela seca? E sobre a malandragem com o polícia pilantra Milton Gonçalves depois do homem sumir com a arma e limpar a cena do crime,…
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Everybody Wants Some!! 2016
plotlessness is the new plot
plotlessness is the new pot
potlessness is the new plot
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I 1987
Cinema erótico existencial para quem não tem saco pra Ingmar Bergman nem pra Joseph Sarno. Khouri é um caso único no cinema brasileiro antes dos anos 90 (e depois vira a regra, na desgraça que vemos por aí): odeia a simplicidade, a humildade, o humor e não sabe relaxar nem por um instante, por isso aproveita tão mal os atores e técnicos da Boca, acostumados a uma liberdade que o Khouri combate com todas as forças, diluindo os gestos em…
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Encounter 2016
Dos três herméticos títulos, o melhor. Das premissas de uma linha, a mais direta, reduzida a uma palavra. Produção de bando, de amigos abertos à experiência e aos desafios do real, pois pretende mergulhar em mistérios latentes, em espaços reais, quase num tempo real.
Flores, contraponto austero à clausura composicional de Maria José. Se dissipam as linhas predefinidas, os sistemas sufocantes e com eles todas as farsas que a indústria aidsvisual confunde com construção. O desprendimento que foi laboriosamente aprendido…
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Flowers 2015
A coadjuvante Marina vira a estrela, força motora do cinema. Uma força natural, indomável, que a câmera persegue, observa, enquadra, procura um controle do qual desiste quando descobre na própria jornada seu sentido de ser. Finalmente, uma produção livre. Pois a descoberta é o próprio sentido do ofício.
Ouvi um pastor dizer um dia: “Tudo do que preciso eu já tenho à mão!” E Flores é um desses raros filmes que desbravam com as mãos, vê com elas, cria com…
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Maria José 2015
Em Maria José se esboçava a tensão cabal de atração e repulsão dentro dos planos, um movimento impreciso em busca de “algo” que não se encontra, algo que pode estar presente e é sugerido, mas nunca sentido. Algo chama os olhos da menina Maria, recônditos como o alvo de sua confusa busca, forçando-na a preencher um espaço e esvaziá-lo bruscamente. Algo menos vago seduz José, incapaz de lidar com a impérvia distância da menina que busca.
O trabalho ainda é…