Synopsis
In vivid images, the documentary-like story of a drover and his family in the northern badlands of Brazil during the drought. A family in the search of new hope and destiny.
1963 ‘Vidas Secas’ Directed by Nelson Pereira dos Santos
In vivid images, the documentary-like story of a drover and his family in the northern badlands of Brazil during the drought. A family in the search of new hope and destiny.
Depois do último diálogo, em cima da imagem final, Nelson Pereira dos Santos nos oferece a última informação de "Vidas Secas": o letreiro confirma que o ano daquela história é o de 1942, ano de uma das secas mais severas da história do Nordeste brasileiro. O número redimensiona a tragédia de Fabiano, Sinhá Vitória, do menino mais velho, do menino mais novo e da cachorra Baleia. Escapa à literatura.
O livro de Graciliano Ramos foi publicado em 1938. Quando data seu filme - no último instante da última cena - para depois do lançamento da obra original, Nelson nos diz que a tragédia dos retirantes não acaba por ali. Ela é de 1938, ano do livro; de 1942, ano da…
Explicitly illustrating it's resentment and bitterness of a social pyramid that imposes a ferocious misery on people with some sharply delineated black-and-white images, Barren Lives rejects insulating its social themes from their broader societal associations. This is a pivotal work in the Brazilian Cinema Novo movement and director Nelson Pereira dos Santos delivers a film of remarkable humanism. It surrenders a virtually poetic otherworldly disposition as it shadows a poverty-stricken family in the Northeast of Brazil roaming the drought-plagued badlands searching for a better life.
Each scene is attended to with aptitude and compassion for its generalised agony, and the portrayals of police brutality and horrendous impoverishment certified it being banned after the country's military coup. Barren Lives accomplishes communicating…
Postagem da Valeska, a qual subscrevo totalmente:
Os filmes nacionais recentes, que "todo mundo ama", e que quiseram tratar das desigualdades sociais, não fizeram mais do que o jornalismo já vem fazendo: pura reiteração representativa do que se recolhe das conclusões dos maus debates.
Já Vidas Secas, 10 Rillington Place e Au hasard Balthazar, por exemplo, que tratam dos seres incapazes de se defender, em inquestionável desvantagem social, não buscaram representar as diferenças sociais, ao contrário: diante de um universo inteiramente novo, romantizado, entramos em contato com a nossa realidade, demasiada humana, aquela realidade indizível, inaudita ou distante, mas que identificamos quando somos apresentados a ela. Apresentar algo vem de uma postura completamente diferente de representar algo; saímos dos filmes que apenas representam como entramos, sem nenhuma descoberta.
Belo filme, sim é triste e depressivo, mas é a nossa realidade, é a nossa cultura.
Gostei muito, o único incômodo foi a imagem super clara, quase tive que assistir ao filme de óculos escuros rs, fora isso, achei digno de todo o sucesso que teve e mais um pouco!
**
Beautiful film, yes it is sad and depressing but its our reality, our culture.
Believe me or not, this problem (the drought) still exists in those places and its now reaching the big cities of Brasil(/world), especially São Paulo.
I really enjoyed, the only thing that bothered me was the brightness of it, i almost had to wear sunglasses while watching this lol.
It's worth all the success it had and a little more!
Finally saw this and oh my God. Really powerful depiction of rural poverty (powerful depictions of rural poverty being, of course, the easiest sell in the world). Beautifully shot, making great use of harsh white daylight that often seems to consume the entire frame, this is one you really need to see.
(EDIT: Especially Pat. Pat please see this).
O cowboy brasileiro não tem direito ao céu. A história da miséria brasileira contada sob a câmera realista aos moldes nacionais. É evidente que toda essa documentação fotográfica aparente finca suas bases de influência no cinema Italiano. Contudo, a forma aqui encara o tema como um motor para se apresentar de maneira estritamente nacional.
Não tendo direito ao céu, resta o inferno de luminosidade estourada. O inferno que é seguido pela câmera que expõe a miséria em sua total apatia, não há como se defender, essa é sua condição. Bicho. Como baleia. Plano e contraplano, a personagem símbolo e os ratos que marcam a memória de outro momento. Pesadíssimo.
Vidas secas respeitou o espírito de Graciliano
O filme brasileiro Vidas secas está fazendo muita gente pensar. Não é a primeira vez que uma obra do cinema brasileiro obtém repercussão , bastando lembrar o retumbante O cangaceiro há dez anos, ou, mais recentemente, a vitória espetacular de O pagador de promessas em Cannes. Diferentemente, porém, das realizações de Lima Barreto e Anselmo Duarte, o filme que Nelson Pereira dos Santos tirou da narrativa de Graciliano Ramos nada tem de retumbante ou espetacular. É quase sempre tão simples, tão contido, seco, quanto o original literário. O impacto que provoca em todos os brasileiros é, no entanto, de tal ordem que seu êxito possui uma profundidade que não foi alcançada pelos anteriores…
O que importa é que a câmera de Nelson tem tanta sobriedade quanto a caneta de Graciliano; não há qualquer música na trilha sonora, não há qualquer apelo emocional. Predomina o silêncio mudo e seco de uma vida seca, de pessoas secas, de um universo seco. É natural que as personagens aqui falem mais do que no livro. Mas essa é apenas a solução encontrada pelo cineasta: o monólogo interior que se manifesta numa fala exterior (o recurso da voz em “off” teria sido desastroso aqui). É bem significativa a cena em que Fabiano e Sinhá Vitória falam ao mesmo tempo: não se trata de um diálogo, mas de dois fluxos de consciência que vão se atropelando. Em outros momentos,…
Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se aguentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, torto e feio. Às vezes utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos - exclamações, onomatopeias. Na verdade falava pouco. Admirava as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas, em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas.
Inmensa.
Todo lo que necesitaba para volver a conectarme con el cine.
Recomiendo ampliamente
Although I think people should watch this movie, I know this review is going to turn pretty much everyone off it – I certainly get discouraged by reviews like this. But it’s true. Vidas Secas is not the kind of movie that aims to entertain you. It wants to tell you how hard life sucks for the poor, specifically the poor of north eastern Brazil. It’s tough and bleak and pretty grueling stuff.
When someone mentions Brazil, do you think of Caipirinhas, toucans, beach volleyball and unreasonably sexy girls (or guys, as the case may be) gyrating in skimpy clothing covered in glitter? I do – actually, I don’t need to hear Brazil mentioned, that’s pretty much what’s going on…
PUTA take foda o primeiro, trilha sonora absurda, uma beleza e uma sensibilidade de outro mundo... nelson pereira dos santos 😍
A perfect retelling of Graciliano Ramos' novel. Film assumes this intimate relationship with nature in a very frontal way, so that, more than its protagonists, it's the very arid nature of this northeastern hinterland that stands as the central motto of the narrative. Something that is further enhanced, when Nelson Pereira dos Santos locates his history in time, implying that, more than the portrait of an era, the misery in living conditions in the hinterland is a constant that established roots in this region of Brazil. A kind of an animalization that stagnates the existential flow and imprisons the human; so that it's the Whale itself, the real animal, the most human of all there. An important, real, melancholic and bleak portrait of brazilian culture.
I should know by now that when a dog is a main character, things are going to go south
If you’re ever feeling like things are going bad for you, go ahead and take a gander at Barren Lives and you’ll realize you’re pretty lucky.
Honestly, a lot of interesting ideas and themes but felt that it just never really came together for me.
My favorite character was their dog.
Personagens desumanizados sendo sugados pelo espaço fundido pelo sol. Vidas Secas se anuncia como retrato realista já em seu crédito de abertura, de fato é um filme extremamente seco, inspirado em um neorrealismo, mas que não deixa de influenciar o modernismo no cinema brasileira, com seus pequenos toques poéticos, como o som estridente que abre e fecha o filme.
Os personagens surgem desse ambiente desolado e, no final, são novamente tragados por ele, como se a luz do sol os fundisse com o espaço. Como Sinhá Vitória diz, vivem se mudando como bichos, em busca de uma cama de gente. É uma situação de desumanização, onde, em seus melhores momentos, o ambiente do sertão age como se fosse o próprio inferno, tragando tudo e todos, as rochas e a terra se transformam em reflexão do próprio sol, fundindo os personagens de cima à baixo, como se não houvesse esperanças de uma vida de gente naquele lugar.
O filme tem toda uma sensação de prisão, parece querer prender os personagens criando alguns "muros", com um amontoado de árvores, ou até mesmo celas. Aquele céu opressor ajuda nessa ideia dos personagens estarem presos, já que ele passa essa sensação de que não tem perspectiva em nenhum lugar, eles simplesmente seguem para uma liberdade falsa.
You know that scene in Madagascar where the penguins are in Antarctica, standing in the wind in silence and one just says « well this sucks ». Yeah, that. Not the movie, just their situation.
P.s. so much dust and sand everywhere
filme muito forte, seco, como eh a realidade. o inferno eh ali mesmo. todo o reconhecimento pra performance da baleia
"Vidas Secas" é o livro mais deprimente que já li. Tinha 14 anos quando entrei em contato com o texto de Graciliano Ramos, e, anos depois, não encontrei nada que me destroçasse como ele. É duro acompanhar uma família inteira existindo a cada dia, sem nenhum lampejo de humanidade dentro de cada membro, totalmente esvaziada pela seca do sertão e pela seca da sociedade. Fabiano, Sinha Vitória e seus filhos peregrinavam pela sobrevivência, no sentido mais visceral possível. Nelson conseguiu trazer todos esses detalhes à tona com sensibilidade; meu coração ficou apertado, assim como quando folheava o velho livro que peguei emprestado de um amigo. Quando o irmão mais velho repetia "inferno" incessantemente, olhando para os galhos secos da árvore…
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