Letterboxd — Your life in film

Se o de Palma focava na farsa e na desconstrução, o John woo foca na total extrapolação da ação, sendo um diretor que veio do cinema de ação de Hong Kong, ele transforma essa sequência quase numa paródia do primeiro, mostrando o Ethan Hunt como um super herói, o vilão é quase uma cópia do Ethan, é um filme totalmente entregue a ação: pombas voando, explosões, slow motion, tradições que foram cada vez mais raras em Hollywood, até o romance…

É engraçado que depois de diretores ecléticos e com suas visões próprias de missão impossível, Tom Cruise encontra sua alma gêmea em Christopher McQuarrie, conserva muito a aura do de Palma no primeiro filme mas com a ação que o franquia foi adotando ao longo dos filmes, fica numa mistura muito apaixonada desse jogo de intrigas com as sequências de ação inventivas em lugares distintos: a perseguição na moto, a cena subaquática, a cena do avião, mas especialmente a cena…

Antes de ser um grande espetáculo, é um filme que prova a ética de Ethan Hunt ao máximo, será que a vida de um vale mais do que a de milhões? Depois de seu próprio governo ter traído e abandonado ele várias e várias vezes vale a pena tal esforço? Até o grande amor de sua vida, que deixou de lado por causa das missões, sofre com isso, além de não poder confiar em mais ninguém além de seus amigos,…

Ultimamente tá muito fácil reclamar da Disney seja pelos live actions sem propósito ou pelas franquias compradas e desprezadas sem nenhum motivo, além das franquias que ela é dona como a Marvel e star wars completamente saturadas, porém ainda sim a pixar é a única parte da Disney que ainda vejo algo de inventivo e mesmo nos seus últimos filmes acho que consegue seguir bem uma trama mais intimista utilizando o lado fantasioso muito mais como um subtexto para dilemas…

De certa forma me surpreendi com o filme devido à não ficar preso totalmente há essa lógica da Marvel de conectar com trocentos filmes, além de focar numa trama intimista e principalmente perceber que não é dirigido por um robô, o Ryan Coogler consegue trabalhar bem com o emocional dos personagens além de tocar em temas como a raiva do colonizado em cima do colonizador.

O que me incomoda é que acontece um certo evento importante na trama que me…

Acho que o que mais me fascina no gênero de espionagem é tudo aquilo ali ser uma farsa e que tudo pode ser arruinado com um pequeno deslize e é nisso em que o de Palma foca aqui: na farsa, é incrível o controle que ele tem aqui, tudo é encenado, nada é o que parece, o que não é novidade se tratando de um filme de espionagem por exemplo, mas é incrível como o de Palma abraça isso, mostrando…