TÁR

TÁR

A estratégia da aranha. Eu gostei dessa crônica sobre alguém presa dentro das suas próprias armadilhas de poder. Parece ser narrado com a lógica de um giallo, mas com o desenvolvimento do realismo cotidiano. Inicialmente, eu estranhei o tom das falas, me lembrou Woody Allen mostrando que um dos seus personagens pertencia a círculos acadêmicos. Mas a insistência de Field nessa persona acadêmica infernal e a entrega de Blanchet (em inglês americano e alemão) me ganharam. Em algum momento, eu senti um cheiro de Haneke, mas logo dissipou. O prazer de ver um ‘giallo’ ser atualizado vai além do uso de tecnologia moderna de comunicação (o plano de abertura), mas segue em direção à forma como quebras na Cultura são percebidas e aceitas em outros cantos do mundo, em outros mercados. Afinal de contas, o Information Society é adorado no Brasil… Tar tem alguma energia que o mantém firme e hipnótico. Aos 59 minutos, há uma surpresa da mixagem do tipo que eu não ouvia desde Melancolia, de Lars Von Trier. Academy Screening Room/HD/5.1

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